terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PUBLICIDADE INFANTIL EM QUESTÃO NO BRASIL

       
         Desde a chegada das emissoras de rádio no Brasil, no começo do século vinte, até a implantação do sistema de telecomunicação e da internet, no final do século passado, forma muitas as empresas de publicidade que usaram desses meios para apresentar e direcionar seus produtos, e com isso, aumentar seus lucros. Não obstante, essas propagandas foram ficando cada vez mais tendenciosas, principalmente ao público infantil. Sendo assim, é importante fazer uma análise da questão que diz respeito à publicidade infantil no país.
        Diariamente são apresentados nas emissoras de televisão brasileiras, novos modelos de brinquedos, roupas, alimentos e tantos outros utensílios, que são direcionados ao público infantil. Para isso, as impressas de publicidade apresentam estereótipos de garotos e garotas perfeitos (as), que por sua vez, utilizam os produtos destinados a venda. Deve-se exigir dos publicitários mais responsabilidade na forma como esses apresentam seus produtos, pois determinadas propagandas podem afetar diretamente a formação psicologia e até fisiológica do público infantil.
        Todavia, não se pode priva os publicitários de apresentarem seus produtos, pois, com a propaganda, vende-se mais, e com isso são gerados milhares de empregos no país, desde a fabricação até a venda nas lojas. Deve-se cobrar, principalmente, que a propaganda não desrespeite os direitos humanos.
        Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que, a publicidade infantil no Brasil e um mecanismo que move a economia do país, mas necessita de reparos, principalmente no que se refere a forma como é transmitida ao público. O Congresso Nacional juntamente com o Ministério Público pode elaborar normas e leis para orientar e fiscalizar as propagandas infantis. O (Conar) Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária pode ser mais rígido com os publicitários, exigindo mais respeito ao consumidor. E por fim, as escolas, juntamente com os pais, devem orientar as crianças sobre a forma como os produtos podem afetar suas vidas.

                                          Wenderson Rodrigues - Viçosa, 09 de Novembro de 2014

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ESTUDO SOBRE O ATRITO

ESTUDO SOBRE O ATRITO



Wenderson Rodrigues - Viçosa, 03 de Dezembro de 2014


       O atrito é o resultado da interação por contato de duas superfícies irregulares, quando essas são colocadas para deslizar ou tender a deslizar, uma sobre a outra. Quando se encosta dois ou mais objetos, os átomos que os constituem interagem uns com os outros, exercendo sobre eles uma força de atração ou repulsão. Essa força depende da constituição química dos materiais que constituem o objeto. Por exemplo, quando se coloca em contato um cubo de metal sobre uma mesa de vidro, pode-se observar que ele desliza com mais facilidade do que em uma mesa de concreto. Sabe-se que a superfície rugosa da mesa de concreto é um fator que impede o deslocamento rápido do cubo, mas a interação atômica que existe entre as superfícies dos materiais também influencia no seu deslocamento.
       A força atômica que faz um objeto ser atraído ou repelido por uma superfície de contato, depende da interação entre o núcleo atômico e a eletrosfera do átomo. Se a interação entre os elétrons de um material e o núcleo atômico do outro for mais intensa que a força de repulsão entre elétron/elétron ou próton/próton de ambos os materiais respectivamente, irá haver a atração entre eles, caso contrário, os átomos irão se repelir. Quando há a atração, que na maioria das vezes não ocorre, as superfícies se ligam quimicamente e se fundem, dando origem a um único objeto e, com isso, deixa de existir o atrito. Na maior parte das vezes o que ocorre é a repulsão, cuja resultante cria uma força de contato entre as superfícies, em que a componente perpendicular é a normal e a paralela é o atrito.
       Dizemos que quando superfícies rugosas, como por exemplo, as palmas das mãos, entram em contato e são movimentadas de forma a friccionarem, é produzido o atrito dinâmico ou cinético. Já o simples contado de uma mesa sobre o chão ou qualquer outro objeto que esteja parado em relação a sua superfície de contato, mas submetido a forças externas, tendendo ao movimento, porém ainda em repouso, denominamos atrito estático essa interação. Casso o objeto passe a se mover, o atrito deixa de ser estático e passa a ser dinâmico.
       O atrito dinâmico está presente em várias situações, como o deslizamento entre superfícies em contato, eletrização de objetos, geração de centelhas e incandescência, produção de som em instrumentos de corda, entre outros. Essa interação, que ocorrem entre superfícies em movimento, promovem trocas de energia entre os sistemas, podendo ser transferida da forma mecânica para a forma de som, calor ou eletricidade.
       Ao esfregarmos as mãos com o objetivo de aquece-las, transferimos energia de nossos músculos para promover sua movimentação uma sobre a outra. O aquecimento é gerado quando parte da energia contida no movimento se transforma em energia térmica, devida a interação por contato de ambas as mãos que, ao serem atritadas, se aquecem.


       Algo semelhante, ocorre quando um objeto entra em contado com a atmosfera de um planeta. Quando um meteoro, por exemplo, viaja pelo espaço, ele possui uma grande energia cinética e está praticamente livre de atritos. Ao se aproximar de um planeta que possui atmosfera, se a atração gravitacional for intensa o suficiente para atrai-lo, ele entrará em colisão com os átomos dos gases ou líquidos constituintes daquela camada, o que irá provocar o atrito entre o corpo celeste e a atmosfera local. Essa interação gera uma grande transformação de energia, principalmente energia de movimento em calor. A causa desta transformação é o choque que os objetos sofrem quando em contado com partículas do ar atmosférico, que colidem com os átomos constituintes do material, proporcionando um considerável aumento do grau de agitação de sua rede de átomos, tanto do objeto quanto do ar, fazendo com que o corpo perca velocidade e aumente sua temperatura, que é alta o suficiente para provocar a emissão de fótons e, com isso, torná-lo visível.


       O atrito entre dois objetos de diferente constituição química também ocasiona troca de energia. Se friccionarmos um pedaço de lã em um bastão de plástico, veremos que eles ficam eletrizados, um com falta de elétrons e o outro com excesso. Isso ocorre devido a interação elétrica entre eles que, por serem constituídos de matérias diferentes, quando atritados, podem arrancar cargas elétricas um do outro.
       Ao se esfregar um bastão de plástico ou PVC em um pedaço de lã, nota-se que o primeiro recebe elétrons. Isto ocorre, devido a aplicação de uma força no bastão necessária para movimenta-lo em relação a superfície de contato da lã. Essa força, que transfere a energia proveniente do corpo humano, realiza trabalho, e faz com que a energia química dos músculos seja transformada em energia mecânica nos braços e no bastão, gerando movimento. Logo após, por causa das irregularidades superficiais do bastão e do pano de lã, os átomos destas matérias se chocam entre si, e devido a afinidade eletrônica deles serem diferentes, alguns elétrons saltam dos átomos que constitui o tecido da lã para os átomos do bastão de plástico, tornando-o eletricamente negativo, enquanto o pano de lã fica com falta de elétrons.


       Com os exemplos citados acima, pode ser explicado a transformação de energia para a forma de som. Quase sempre, quando atritamos um material com outro é possível observar que há produção de um som, que é proveniente da colisão de dois materiais. Nessa colisão, os átomos são sujeitados a um impacto, que transfere energia na forma de trabalho para a rede de átomos que constitui o corpo receptor do impacto, ocasionando uma onda de choque, de átomo a átomo, que se propaga ao longo de todo o corpo do objeto na forma de uma onda mecânica. Essa vibração do material é transferida para o ar, que se propaga até chegar aos nossos ouvidos e então ouvimos um som. Vale lembrar que quando uma onda mecânica se propaga em um meio, essa também está sujeita à força de atrito, que é contrária a seu movimento, o que ocasiona transformação da energia da própria onda.


       Outra análise importante que aqui será feita é referente ao atrito estático. Como dito acima, sabe-se que esse só acontece quando há tendência ao movimento relativo entre duas superfícies em contato, porém com repouso mantido. Observe a figura a baixo. 

                                             
       Quando um carro se encontra estacionado em uma ladeira, ele está sujeito a força de atrito estático que o faz permanecer em repouso, mesmo tendendo ao movimento. Essa tendência é causada pela declividade da ladeira que, quanto maior for, maior será o atrito necessário, entre os pneus e o chão, para mantê-lo em repouso. A força que tenta colocar o carro em movimento é a componente tangencial do seu peso, e tem a mesma direção da ladeira. Casso o carro adquira movimento e desça ladeira abaixo, o atrito passa a ser dinâmico. Uma característica importante no atrito estático é a não ocorrência de troca de energia entre os corpos em contato. Há apenas a troca de forças entre os corpos que constituem o sistema, uma que tende a provocar o movimento e outra de sentido oposto, que impede que o corpo adquira movimento e realize trabalho. Portanto, se não há realização de trabalho não há troca de energia.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

JUVENTUDE BRASILEIRA: DESAFIOS ENTRE ALIENAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

Wenderson Rodrigues – Viçosa, 26 de novembro de 2014 

       A juventude brasileira passou por muitas mudanças nos últimos anos. Meios de comunicação, como a televisão e a internet, vêm, cada vez mais, influenciando a conduta de jovens de todo o país. As informações são repassadas de forma a manipular a população e essa, em boa parte, não conseguem filtrar o conteúdo. Dessa forma, cabe a todos nós analisarmos as condições que a população brasileira, em especial, os jovens, vem enfrentando, no que diz respeito aos desafios entre a alienação e a transformação dos cidadãos brasileiros.
       Programas de televisão como Big Brother Brasil, A Fazendo e tantos outros que são transmitidos pelas emissoras de televisão brasileiras, passam, para muitos jovens, um estereótipo de mulheres e homens corporalmente perfeitos, gerando para os publicitários muito dinheiro, pois esses utilizam da imagem dos participantes daqueles programas para vender produtos. Não se pode admitir que a juventude seja usada como massa de manipulação por esses empresários da televisão brasileira, que visam aumentar cada vez mais o mercado da moda e controlar, direta ou indiretamente, a conduta da juventude de nosso país.
       Contudo, existem programas educativos que são de total importância para a formação desses indivíduos. O telecurso, oferecido pela TV Futura, e canais como a TV Escola e TV Cultura, são fundamentais, pois abordam temas e propostas que desenvolvem uma visão crítica no telespectador, além de semear cultura, despertar a curiosidade e aguçar a inteligência.
       Outro fator que facilita a absorção de informações imprecisas é a falta de escolaridade dos receptores dos conteúdos. O currículo escolar, cada vez mais inchado de conteúdo mas sem nenhum plano estrutural que vise desenvolver no estudante uma visão crítica, tanto dos conteúdos acadêmicos quanto dá própria vida é um fator que facilita que os estudantes sejam facilmente manipulados e alienados pelas grandes empresas, que, como dito acima, visam lucrar cada vez mais.
       Dado o exposto, nota-se que é necessário desenvolver políticas públicas que visem a conscientização, não só dos jovens, mas também de todos os cidadãos. Professores podem oferecer palestras nas escolas e nas comunidades para, assim, alertar a sociedade sobre os conceitos de alienação. Deve-se também cobrar das emissoras de televisão mais qualidade em seus programas. Na Internet, pode-se intensificar a cobrança dos provedores, utilizando, para isso, as bases estabelecidas no Marco Civil da Internet. O corpo docente, juntamente com o discente, devem continuar exigindo do poder público qualidade na educação. Assim sendo, os jovens e toda a sociedade terão menos desafios para enfrentar a alienação e mais oportunidades de transformação.


                                           

terça-feira, 4 de novembro de 2014

MARCO CIVIL DA INTERNET, GARANTIA DOS DIREITOS E DEVERES DOS INTERNALTAS


    Desde meados da década de 1990, a Internet teve um enorme impacto sobre a cultura das pessoas e sobre o comércio mundial, com aumento da comunicação instantânea através de e-mails, smartphones, chamadas de vídeo, blogs, redes sociais e sites de compras online. Com isso, também cresceu o número de empresas interessadas nesses mecanismos para aumentar seus lucros. Para tanto, surgiu a necessidade de se criar uma “legislação” para a internet, denominada Marco Civil. Esse é um projeto que defende a liberdade de expressão e a privacidade do usuário na rede de computadores. Sendo assim, é importante fazer uma análise desse projeto, pois ele irá beneficiar a todos os brasileiros.
     Quando se está navegando pela Internet, os provedores dos sites têm acesso a registros de históricos de navegação e dados pessoais dos internautas. Aqueles, por sua vez, utilizam desses dados para redirecionar páginas de consumo e se orientar pela conduta dos navegantes. Essa atitude é uma violação da privacidade do usuário e não pode ser aceita, visto que é um descumprimento dos direitos humanos. A “Constituição da internet” irá garantir os direitos e responsabilidades dos internautas brasileiros e dos provedores de internet e serviços online.
     Além disso, outro ponto de grande importância será a neutralidade da rede. Essa irá garantir que os provedores estarão proibidos de vender pacotes de internet mediante o tipo de uso do consumidor e não poderão privilegiar alguns sites e pacotes de dados, em detrimento de outros. A neutralidade determina que todos sejam tratados com igualdade na rede, portanto, será fundamental para garantir a democratização da informação e o exercício da cidadania.
     Diante dos fatos apresentados, nota-se que o Marco Civil é fundamental para garantir a privacidade e a liberdade por meio do estabelecimento de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede. Contudo, o Congresso Nacional, juntamente com o Ministério Público pode elaborar normas que visem à fiscalização na internet principalmente das empresas de telecomunicação, para que o projeto não tome outros rumos. O Ministério da Educação, por meio de suas secretarias, pode direcionar às escolas e auditórios municipais, palestrantes do tema, para que seja informado aos cidadãos os direitos e os deveres de um usuário da rede. Feito isso, o Brasil será vanguardista no que se refere a constituição da internet, e se distanciará de países como a China, em que há um forte bloqueio do conteúdo online.
                                                  
                                                Wenderson Rodrigues – Viçosa, 04 de Novembro de 2014

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

EFEITOS DE IMPLANTAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA


 Wenderson Rodrigues - Viçosa, 14 de outubro de 2014
   
  “Toda mulher, independentemente de sua classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana”. Esse trecho da Lei Maria da Penha, deixa evidente que não há nenhuma restrição de direitos entre o homem e a mulher. Contudo, as especificações ditas na lei não foram o bastante para que milhares de mulheres deixassem de ser agredidas, verbal, sexual e fisicamente no país a cada ano. Sendo assim, nesse contexto, é fundamental fazer uma análise da situação vivida pelas mulheres brasileira após a implantação da lei.  
     Dados do IPEA 2013 dizem que o número de mulheres mortas por agressões quando foi implantada a Lei, era de 5,2 a cada cem mil mulheres. Já em 2013, esse número aumentou para 5,43. Nota-se que, mesmo com a implantação da Lei, as agressões contra mulheres não diminuíram. O mando, por si só, não foi o bastante para impedir que milhares de mulheres fossem mortas a cada ano. Isso indica que as políticas atuais necessitam de um auxílio adequando para que possa ocorrer uma efetiva mudança no quadro de violação dos direitos das mulheres.
     Além disso, outro dado recente do Ministério da Justiça nos diz que cinquenta mil mulheres são agredidas por alguma forma de violência a cada ano no Brasil. Dados como esses citados acima, reforçam a ideia de que a implantação da Lei Maria da Penha não causou o impacto desejado na redução da morte de mulheres decorrentes de conflitos de gênero no país. A falta de juizados exclusivos para o processamento e julgamento das ações decorrentes da prática de violências contra as mulheres são um dos principais agravantes no que diz respeito à punição do agressor. 
     Levando-se em consideração os dados expostos, conclui-se que, só a Lei Maria da Penha, não teve a eficácia esperada. Novos projetos são necessários para reforçar a proteção à mulher. Um deles é a tipificação do crime de feminicídio no Brasil, para assim, endurecer as penas contra agressores. Deve-se estender, para todo o país, principalmente em regiões interioranas, a Casa da Mulher Brasileira, projeto de assistência social, acolhimento e segurança à mulher, vitima ou não de violência. E por fim, pode-se criar um juizado especial, para dar mais atenção aos processos e punições dos agressores do sexo feminino. Essas são medidas que o governo, por meio do Ministérios da Justiça, pode colocar em prática.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O Pêndulo de Newton

O Pêndulo de Newton


Wenderson Rodrigues - Viçosa, Abril de 2014.

OBJETIVO

        Este experimento destina-se ao auxílio no ensino da mecânica clássica. Com ele, pode-se ilustrar os conceitos de momento linear e energia mecânica, as leis de conservação do momento e da energia e os fenômenos relacionados com o choque entre corpos (colisões). 

CONTEXTO TEÓRICO 

        Sempre que houver uma interação entre dois corpos, sendo que, ao menos um deles esteja em movimento, ou adquira movimento, a determinação da quantidade de movimento e do impulso é importante para o estudo dessa interação. A quantidade de movimento é uma grandeza vetorial determinada pela massa do corpo multiplicada pelo seu vetor velocidade. 

$ \vec Q\ = m\vec v\ $

       Como a massa $ m $ é uma grandeza escalar, o vetor quantidade de movimento $ \vec Q\ $ será paralelo ao vetor velocidade $ \vec v\ $, tendo a mesma direção e sentido. O teorema do impulso - quantidade de movimento diz que: o impulso $ \vec I\ $ da resultante das forças $ \vec F\ $ que atuam sobre um corpo, num determinado intervalo de tempo $\Delta\ t$, é igual à variação da quantidade de movimento do corpo $ \Delta \vec Q\ $, nesse intervalo de tempo considerado, matematicamente seria:
                                                            
$ \vec I\ = \vec F\ .\Delta\ t = \vec Q_{f}\ - \vec Q_{i}\  = \Delta \vec Q\\$

MATERIAIS 

1 Pendulo (pode ser encontrado em casas de decorações).




Observação: O pendulo aqui apresentado foi construído por mim utilizando bolas de sinuca em miniatura e um suporte de madeira. O custo do equipamento foi de 30 reais. Futuramente postarei como confecciona-lo. Esse pode ser substituído perfeitamente por um aparelho industrializado. 

METODOLOGIA  

        Basta puxar uma das esferas das extremidades e solta-la. Pode-se demonstrar, também, soltando duas, três e até quatro esferas por vez ou duas esferas de cada lado, simultaneamente, para se colidirem.

 EXPLICAÇÃO 

            Ao se puxar um das esferas de massa $m$ até uma altura $h$ em relação as demais esferas do pendulo, uma energia potencial $E_{p}=mgh$ é fornecida a ela, pois sabe-se que quando elevamos um corpo de massa $m$ a uma altura $h$, estamos transferindo energia para o corpo na forma de trabalho e essa fica “armazenada” na forma de energia potencial $E_{p}$. Soltando-a, a energia potencial da esfera se converte em energia cinética $E_{c}=\frac{mv^2}{2}$ e ela ganha velocidade $v$.
Aqui entra a ideia da grandeza quantidade de movimento $ \Delta \vec Q\\ $. Quando a esfera é solta, logo após ela bate na primeira à sua frente. Imediatamente antes da colisão, ela tem uma velocidade $v$. No momento da colisão, essa velocidade é transferida para a esfera que sofre o impacto. Contudo, essa não eleva-se, pois há outra esfera a sua frente, que recebe, então, como antes, a velocidade da esfera anterior e assim se segue, até a ultima esfera que, por estar livre para se mover (extremidade), eleva-se, com certa velocidade $v’$ até uma altura $h’$, parando e retornando o ciclo de conversão de energia de potencial $E_{p}$ em cinética $E_{c}$ e, assim, tudo se repete.
O movimento das esferas é transferido para a seguinte como se essa “pegasse” a velocidade da anterior.
Em um sistema ideal, onde não há perdas de energia, as velocidades $v=v’$ as alturas $h=h’$, ou seja, fornecendo uma energia potencial inicial ao sistema ele se mantem em funcionamento (pendulando) perpétuo.                 
        Como se observa que o movimento pendular cessa com certo tempo, conclui-se que a quantidade de movimento $ \Delta \vec Q\\ $ associado à esfera diminui, porque se {$v$ diminui $\Rightarrow$ (menor energia cinética)  $\Rightarrow$   que a esfera eleva-se cada vez menos $\Rightarrow$ (adquire menor energia potencial), e assim o ciclo se repete, com cada vez menos energia associada ao seu movimento e o pendulo tende a atingir a condição de menor energia, a que ele atinge o estado de repouso.
         É importante destacar que as massas de todas as esferas são as mesmas, o que implica que a velocidade adquirida por qualquer uma delas é a mesma da anterior (sistema ideal). Como há conversões de energia do tipo sonora e térmica, que não contribuem para o movimento do pendulo, a energia associada a essa velocidade $E_{c}$ é convertidas nessas modalidades dissipativas de energia. Isso faz com que a esfera da extremidade suba cada vez menos, pois ele não “pega” a mesma quantidade de velocidade da esfera anterior.
         O atrito da esfera com o ar no momento da conversão de $E_{p}$ em $E_{c}$ não dissipa muita energia em relação à aquela dissipada nas colisões (em forma de som e calor). 

IMPACTOS DAS TECNOLOGIAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO - 2


O avanço nos estudos científicos que ocorreram nos últimos séculos, foi de total importância para que chegássemos ao atual nível de desenvolvimento. Desde a invenção do telégrafo no final do século XVIII a criação da internet, em meados do século passado, muitos foram os benefícios implantados na sociedade. Porém, também forma surgindo pontos negativos. Sendo assim, é de total importância fazer uma análise desse contexto, para que melhoras possam vir a ocorrer.
     Um dos pontos positivos da implantação dessas tecnologias no Brasil foi que um maior número de pessoas está tendo acesso a informações, em tempo real, com maior comodidade. Com a internet, pode-se ter acesso a vários gêneros de informação do mundo todo, sem ter que se locomover para isso. Pode-se dizer também, que hoje, mais pessoas estão se comunicando o que há cinquenta anos era praticamente inacessível à maioria da população.
     Aspecto lamentável, no que diz respeito a implantação de novas tecnologias, foi que muitas pessoas estão se isolando do convívio social. Isso faz com que não haja mais o contato direto com familiares e amigos, o que prejudica a formação psicológica e até fisiológica de um indivíduo. Vale ressaltar que uma grande parte da população não tem acesso a esses meios de comunicação e informação modernos. Muitos só possuem rádios, que, atualmente, não traz toda informação necessária.
     As concepções em pauta evidenciam que foi de grande importância a chegada dessas tecnologias no país. Mas também nos deixa claro que esses setores carecem de reparos. A Secretaria de Educação deve dar condições para que se possam capacitar as pessoas gratuitamente, com mini cursos de informática, tanto para jovens quanto para adultos. A mídia pode incentivar a população, por meio de propagandas, a priorizar o contato direto uns com os outros. As prefeituras das cidades, em parceria com as escolas, podem oferecer palestras para alertar a sociedade sobre os benefícios e os malefícios das tecnologias contemporâneas.

                                            Wenderson Rodrigues - Viçosa, 03 de outubro de 2014

JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS, VOLTA A BARBARIE


     É notório que na sociedade brasileira crimes como, furto, assassinato, corrupção, violência, tanto verbal quanto sexual, nas escolas, nos lares e no trabalho, são frequentes. Muitas vezes, esses crimes nem mesmo são julgados pelo judiciário, o que causa uma sensação de impunidade e injustiça nos violados em seus direitos. A crença de que não serão socorridos pelo Poder Judiciário, leva as pessoas a desacreditarem da justiça, piorando ainda mais a situação. Isso traz como consequência o aumento de pessoas que fazem justiça com as próprias mãos. A situação precisa ser analisada na busca de soluções cabíveis para resolver a questão.
     Diariamente é noticiado na mídia casos de assassinatos em todo território nacional, na maior parte das vezes, por pessoas que, por algum motivo, foram levadas a fazer “justiça” com as próprias mãos. Em uma sociedade civilizada, não se pode admitir que se resolva um crime cometendo outro, pois temos o judiciário para jugar e condenar qualquer pratica criminosa que fira a constituição. Portanto, é um direito do cidadão brasileiro uma resposta do sistema jurídico.
     Acontecimentos como o da dona de casa Maria Fabiane de Jesus, que foi assassinada por civis em maio de 2014, o massacre do Realengo ocorrido no ano de 2011 no Rio de Janeiro e tantos outros que diariamente se dão em todo o país nos levam a crer que já está ultrapassada a forma como o poder judiciário os vem tratando.
     Dado o exposto, nota-se que há uma grande descrença da população brasileira nos órgãos competentes que jugam e condenam atos que ferem nossa constituição, ou seja, muitas pessoas preferem, elas mesmas, resolverem os problemas. Portanto, para que essa situação venha a curar, é de extrema importância dar ênfase ao estudo dos temas transversais da educação, como ética, cidadania, pluralidade cultural, orientação sexual entre outros, pois, priorizando a educação de qualidade no país, os jovens, à vista dos bons costumes aprendidos na escola, crescerão em harmonia uns com os outros. O judiciário pode e deve ser mais rigoroso na aplicação de suas penas, assim as pessoas não irão ter “motivos” para fazer justiça com as próprias mãos.

                                       Wenderson Rodrigues - Viçosa, 28 de setembro de 2014

sábado, 27 de setembro de 2014

REDUÇÃO DA MAIOR IDADE PENAL, MEDIDA POSSÍVEL DE SER CONCEBIDA


     Maioridade penal é a idade a partir da qual a pessoa passa a ser responsabilizada penalmente por qualquer ato criminoso que tenha praticado. A Constituição de 88 determinou que essa idade seria de dezoito anos, mas devido ao aumento do número de crimes praticados por menores de idade, há, na sociedade brasileira, pessoas que defendam a redução da maioridade penal para os dezesseis anos. Sendo assim, é importante analisar as condições para que essas mudanças possam vir a ocorrer.
      De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, grande parte dos adolescentes, 47,5%, comete o primeiro crime entre os 15 e os 17 anos. Não se pode abdicar da ideia de que jovens dessa faixa etária, já possuem plena consciência de seus atos. Devido à modernização e a globalização, hoje, a maturidade é mais precoce, as pessoas estão tendo mais acessos a vários meios que, há aproximadamente vinte e cinco anos, data próxima de quando foi promulgada a nossa sétima constituição, não estavam ao alcance de todos, ano de 1988.
     Além disso, a pena é a resposta do estado ao crime cometido, logo, como se pode dar uma resposta eficaz, nos moldes da atual constituição brasileira, sem que se possa apoiar-se em uma lei que puna, com mais rigor e prudência, o menor infrator? É essencial que o criminoso responda pelos seus atos e saiba que poderá ir para cadeia e que a ideia da imputabilidade sobre esses jovens infratores deixe de existir, porque é esse o motivo pelo qual muitos permanecem na criminalidade.
     Todavia, esse assunto requer uma análise por outra perspectiva. É notório que a maioria dos jovens criminosos são de comunidades pobres, que carecem de investimentos na saúde, laser e principalmente, educação. Outro ponto a ser analisado é o que será feito com um menor infrator depois que ele for condenado. Irá para a mesma sela que adultos ou para selas especificas? Caso um menor de 16 anos pratique um crime, o que poderá ser feito?
     As concepções em pauta evidenciam que a redução da maioridade penal pode ser realizada, mas é fundamental que o governo do país, por intermédio de suas Secretarias de Educação, Segurança, Saúde e Cultura adote medidas de precaução, nas escolas e nas comunidades, para, assim, evitar ao máximo que um menor entre no mundo do crime. É importante iniciar logo esses investimentos em todo o país. Pode-se fazer levantamentos estatísticos de lugares que carecem mais deles e começar a agir nessas localidades. Assim sendo, poderá ser reduzida a maioridade penal para os dezesseis anos, pois, se tomadas essas medidas, o número de adolescentes infratores irá cair exponencialmente, e, em médio prazo, os crimes em todas as faixas etárias irão diminuir.

                                        Wenderson Rodrigues - Viçosa, 25 de setembro de 2014 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A Carta do Cacique Seattle, em 1885


Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

    "O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
    Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
    Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
    Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Impactos das tecnologias no Brasil contemporâneo - 1



      Há tempos que a humanidade convive com diferentes formas de tecnologia. Desde a invenção das primeiras máquinas simples, como a roda, até a internet, foram muitos os benefícios que propiciaram o homem evoluir e buscar favoráveis condições de vida. Sabendo disso, é importante analisar os impactos causados pela adesão às novas tecnologias na sociedade brasileira.

     As pessoas estão cada vez mais dependendo de meios de comunicação, como celulares e internet. Com esses meios, podem-se fazer compras, receber e passar informações e se comunicar com pessoas de qualquer parte do mundo. Tudo isso sem ter que sair de casa. Esses avanços trouxeram maior comodidade, praticidade e benefícios para todos que utilizam essas tecnologias.

     Na agricultura e pecuária, vários fatores propiciaram melhores condições para o desenvolvimento da sociedade, tais como, melhoramento genético das plantas e animais, maquinas mais sofisticadas, entre outros. Na saúde exames cada vez mais precisos como, ultrassonografia, eletrocardiograma, todos por computação gráfica, detectam, com mais precisão, problemas de saúde. 
     Todavia, sabe-se que nem todos têm acesso a esses meios de informação e comunicação, o que causa grande disparidade social, pois as parcelas menos favorecidas da sociedade se tornam renegadas à globalização. Outro aspecto negativo é que, mesmo quando disponíveis, os laboratórios de informática das escolas, principalmente públicas, são poucos utilizados. Isso favorece para que pessoas saiam despreparadas para desempenhar funções na sociedade, que, cada vez mais, exige conhecimentos de informática.

     Tendo em vista os aspectos mencionados, pode-se concluir que foram muitos os benefícios que surgiram para a sociedade. Entretanto, há quem ainda não se beneficiou diretamente dessa nova era tecnológica. Para tornar esses meios mais acessíveis, devem-se incorporar ao currículo escolar, aulas de informática e suas tecnologias, desde o ensino fundamental até o médio. Implantar acessos públicos a redes de internet nas cidades e alertar a população para os perigos da rede, são propostas que o governo, por intermédio de suas secretárias, pode executar. E na área da saúde, trocar os equipamentos ultrapassados pelos modernos e mais precisos.


                                     Wenderson Rodrigues - Viçosa, 08 de setembro de 2014





terça-feira, 19 de agosto de 2014

Escravidão Contemporânea



     O tráfico de seres humanos envolve a movimentação de pessoas que são enganadas por propostas fantasiosas de mudança de vida. Sabe-se que a cento e vinte e seis anos a abolição da escravidão foi decretada, mas, até hoje, pessoas acabam sendo sujeitas ao trabalho escravo, exploração sexual e outras formas de abuso. Outros acabam sendo mortos para venda de seus órgãos. Esse crime, que já não mais deveria existir, é uma atrocidade, logo, deve-se desenvolver um trabalho de intervenção e divulgação deste ato criminoso, afim de que ele venha a acabar. 
     As regiões periféricas, subúrbios e interiores são as escolhidas pelos traficantes, pois nelas, esses encontram um maior número de pessoas que vivem à mercê da miséria, buscando uma vida melhor. Jovens de baixa renda, sem escolaridade e informação, são as principais vítimas desses criminosos, que atuam com propostas de trabalho enganosamente promissoras. Muitas vezes a família, erroneamente, apoia essas iniciativas, pois precisa de ajuda financeira em casa e, com os filhos “trabalhando”, essa ajuda virá.
     Diante do que foi dito, nota-se que, problemas sociais como, falta de aceso a educação, informação e condições dignas de sobrevivência, são os principais agravantes. Divulgar este crime, por meio da mídia, em especial nas rádios, principalmente interioranas, é de elevada importância, para que a sociedade civil esteja alerta e cobre ações do poder público. Oferecer assistência aos que já sofreram com o tráfico e colher informações sobre suas origens e ramificações, ajudará na prevenção e no combate. Além disso, devem ser realizadas campanhas de conscientização para que as pessoas fiquem cientes que também podem ser vítimas. E por fim, reforçar a ação penal contra os traficantes.

                                Wenderson Rodrigues – Viçosa, 27 de julho de 2014

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ajuda Humanitária, contribuições que salvam vidas

Afegãos recebem ajuda humanitária


     A ajuda humanitária é a assistência material, logística ou psicológica prestada para fins humanísticos, normalmente em resposta à falta de alimentos nas comunidades, desastres naturais como secas, terremotos, maremotos, ciclones e catástrofes provocadas pelo homem como conflitos civis e guerras. As doações feitas pelas pessoas para promover a ajuda aos necessitados são de muita importância. Deve-se incentivar e apoiar essas iniciativas pois, a partir delas, muitas pessoas conseguem se recuperar e recomeçar suas vidas.
     Em 2010, no Haiti, milhares de pessoas foram mortas e desalojadas em consequência do terremoto que afetou todo o país. A situação teria sido pior se não houvesse nenhuma ajuda. A resposta humanitária ao terramoto do Haiti incluiu os governos nacionais e organizações de caridade sem fins lucrativos de todo o mundo, que contribuíram com abrigos, água potável, alimentos, cobertores, utensílios domésticos e higiênicos.

     Como dito acima, a contribuição de toda a população mundial em situações de catástrofes ou conflitos ajudam a salvar vidas e aliviar a dor das pessoas que as recebem. Para que seja mais homogenia a resposta, todos os agentes humanitários enviados para essas expedições devem estar cientes de que é necessário dar uma resposta imediata às populações mais vulneráveis; que a ajuda não deve favorecer nenhuma faixa específica da população, e deve ser prestada unicamente em função das necessidades da população. Os agentes devem ser capacitados a ensinar às pessoas a se prevenirem, na medida do possível, de algum mal que os possa atingir. Alertas devem ser instalados para orientar as populações que algum fenômeno natural como terremoto, maremoto, ou outros, poderão ocorrer.   

     As análises acima provam que a ajuda humanitária salvou e ainda pode salvar muitas pessoas. Para isso, basta que não só as pessoas continuem doando, mas também, os governos de países mais desenvolvidos ajudem nessa tarefa, sem se aproveitar da situação para conquistar interesses políticos. Capacitando melhor os agentes humanitários e voluntários a ajudar, nota-se que se podem conseguir melhores resultados, tanto na prevenção quando no resgate, e com isso, mais vidas serão salvas. Vale ressaltar que gestos como esses, destroem o egoísmo e fortalecem o espirito de coletivismo, contribuí para que possamos ter um mundo mais igualitário, solidário e fraterno.


                           Wenderson Rodrigues – Viçosa,19 de julho de 2014

quarta-feira, 9 de julho de 2014

JAINISMO

Este é o símbolo oficial do jainismo, conhecido como o Jain Prateek Chihna

   É uma das três antigas religiões indianas, ao lado do hinduísmo e do budismo, com as quais compartilha conceitos, como o dharma (lei natural, caminho para a verdade superior) e o karma (ligações com energias positivas ou negativas). O nome deriva do verbo ji (conquistar, em sânscrito), uma referencia a batalha eterna pela iluminação espiritual. Surge a partir do século VI a.C., época em que vive Parshvanatha, o primeiro tirtancara (aquele que consegue vencer o ciclo de reencarnação). O mais recente tirtancara é o Mahavira( século VI a.C.).
   Os jainistas não acreditam em Deus; para eles, os únicos seres sobrenaturais são os tirtancaras. Defendem a não violência, abstinência sexual e a renúncia as bens matérias.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Carta de Jean-Paul Sartre recusando o Prêmio Nobel de Literatura


Lamento vivamente que este assunto tenha tomado a aparência de um escândalo; um prêmio foi concedido e alguém o recusa. Isto se deve ao fato de que não fui informado devidamente a tempo do que se preparava. Li no “Le Figaro Litteraire”, de 15 do corrente mês, sob a assinatura do correspondente sueco deste jornal, que a maioria na Academia Sueca era a meu favor, mas não havia sido ainda definitivamente fixada, pelo que bastava escrever uma carta à academia, o que fiz no dia seguinte, para pôr um ponto final ao assunto e não mais se falasse dele.
Eu ignorava, então, que o Prêmio Nobel é outorgado sem que se peça a opinião ao interessado e pensei que ainda era tempo de impedi-lo. Mas compreendo muito bem que quando a Academia Sueca faz sua escolha, já não pode voltar atrás. As razões pelas quais renuncio ao prêmio não se referem nem à Academia Sueca, nem ao Prêmio Nobel em si, como já expliquei em minha carta à Academia.
Nela invoquei duas espécies de razões; razões pessoais e razões objetivas. As razões pessoais são as seguintes: minha negativa não é um ato improvisado. Sempre recusei as distinções oficiais. Quando, depois da guerra, em 1945, me propuseram a Legião de Honra, recusei-a, apesar de possuir amigos no Governo. Igualmente nunca aceitei ingressar no Colégio de França como sugeriram alguns de meus amigos. Esta atitude é baseada em minha concepção do trabalho do escritor. Um escritor que assume posições políticas, sociais ou literárias somente deve agir com meios que lhes são próprios, isto é, com a palavra escrita. Todas as distinções que possa receber expõem seus leitores a uma pressão que não considero desejável. Não é a mesma coisa se eu assino Jean-Paul Sartre que se eu assino Jean-Paul Sartre, Prêmio Nobel. O escritor que aceita uma distinção deste gênero compromete, também, a associação ou instituição que a outorga: minhas simpatias pelos guerrilheiros venezuelanos somente a mim comprometem, mas se o Prêmio Nobel Jean-Paul Sartre toma partido pela resistência na Venezuela, arrasta consigo todo o Prêmio Nobel como instituição. Nenhum escritor deve deixar-se transformar em Instituição, mesmo que isto se verifique pela mais honrosa forma, como no caso presente. Esta atitude é inteiramente pessoal e, evidentemente, não representa nenhuma crítica contra aqueles que já foram premiados.
Tenho muita estima e admiração por muitos dos laureados que conheci pessoalmente. Mas minhas razões objetivas são as seguintes: – O único combate atualmente possível no campo da cultura é o da existência pacífica das duas culturas, a do Leste e a do Oeste. Não quero dizer com isso que seja necessário que se deem abraços. Sei perfeitamente que o confronto entre estas duas culturas deve, por necessidade, adotar a forma de um conflito, conflito que deve ter lugar entre homens e entre culturas, mas sem intervenção de instituições. Sinto pessoal e profundamente as contradições entre as duas culturas: sou feito dessas contradições. Minhas simpatias vão inegavelmente, para o socialismo e para o que se chama o Bloco do Leste, mas vivi e me eduquei numa família burguesa e numa cultura burguesa. Isto me permite colaborar com todos aqueles que querem aproximar ambas as culturas. Espero, naturalmente que a melhor ganhe, isto é, o socialismo.
Por isso é que não posso aceitar nenhuma distinção concedida pelas altas instâncias culturais, tanto de Leste como do Oeste, mesmo que admita sua existência. Embora todas as minhas simpatias vão para o campo socialista, seria impossível para mim aceitar, por exemplo, o Prêmio Lênin, se alguém quisesse me conceder, o que não se dá. Sei muito bem que o Prêmio Nobel, por si mesmo, não é um prêmio literário do campo ocidental, mas se transforma no que se faz dele e podem suceder coisas que os membros da Academia Sueca não podem prever. Por isto que, na situação atual, o Prêmio Nobel se apresenta objetivamente como uma distinção reservada aos escritores do Oeste ou aos rebeldes do Leste. Não se premiou Neruda, que é um dos maiores escritores americanos. Nunca se pensou seriamente em Aragon, que bem o merece. É lamentável que se tenha concedido o prêmio a Pasternak e não a Cholokhov e que a única obra soviética coroada seja uma editada no estrangeiro, proibida em seu país. Poder-se-ia ter estabelecido um equilíbrio mediante um gesto análogo no outro sentido.
Durante a guerra da Argélia, quando assinamos o Manifesto dos 111 eu teria aceito o prêmio com reconhecimento, porque ele não teria honrado somente a mim, mas à liberdade pela qual lutávamos. Mas isso não aconteceu e é somente no fim dos combates que se entregam os prêmios. Na motivação da Academia Sueca se fala de liberdade: é uma palavra que se presta a numerosas interpretações. No ocidente, se fala de liberdade num sentido geral. Entendo a liberdade de uma forma mais concreta, que consiste no direito de ter mais de um par de sapatos e de comer pão menos duro. Parece-me menos perigoso declinar do prêmio do que aceitá-lo. Se o aceitasse, me prestaria ao que se pode chamar de uma ‘recuperação objetiva’. Afirma o artigo do ‘Le Figaro Litteraire’ que ‘não se teria em conta meu passado político discutido’. Sei que este artigo não exprime a opinião da Academia Sueca, mas ele mostra claramente em que sentido seria interpretada minha aceitação em certos meios de direita.
Considero este ‘passado político discutido’ como ainda válido, mesmo se disposto a reconhecer certos erros passados perante meus camaradas. Não quero dizer que o Prêmio Nobel seja um prêmio ‘burguês’, mas esta seria a interpretação burguesa que dariam inevitavelmente os meios que conhecemos. Finalmente, resta a questão do dinheiro. É verdadeiramente grave que a Academia coloque sobre os ombros do laureado, além da homenagem, uma soma enorme. Este problema me atormentou. Ou bem se aceita o prêmio e com a soma recebida se apoiam movimentos ou organizações que se consideram importantes – de minha parte seria o Comité Apartheit de Londres – ou bem se recusa o prêmio em vista de virtude de princípios gerais, e se priva este movimento ao apoio que necessita. Renuncio, evidentemente, às 250.000 coroas porque não quero ser institucionalizado nem ao Leste nem ao Oeste. Não se pode pedir que se renuncie, por 250.000 coroas, aos princípios que não são unicamente nossos, mas compartilhados por todos os nossos camaradas. Foi isto que tornou tão penoso para mim tanto a atribuição do prêmio como a recusa que manifestei. Quero terminar esta declaração com uma mensagem de simpatia ao povo sueco.
                             Traduzida e publicada pelo jornal Última Hora, do Rio de Janeiro, em 23 de outubro de 1964.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A ABERTURA SOLENE PARA O ANO DE 1812 - TCHAIKOVSKY

Orquestra Sinfônica NHK

         A Abertura Solene Para o Ano de 1812 é uma obra orquestral do compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893), comemorando o fracasso da invasão francesa à Rússia em 1812 e a subsequente devastação do "Grande Armeé" de Napoleão. A obra é também conhecida pela sua sequência de tiros de canhão que é, em alguns concertos ao ar livre, executada com canhões verdadeiros.
         A Abertura 1812 foi composta para a abertura da Exposição Universal das Artes, realizada em Moscou em 1882. Foi comissionada a Tchaikovsky pelo diretor dos Concertos da Sociedade Imperial Russa, Nicolas Rubinstein.
     A abertura da exposição coincidiu com a consagração da nova catedral, erigida para comemorar o fracasso da invasão de Napoleão Bonaparte à Rússia, em 1812.
Napoleão era um general temido e o exército francês era considerado imbatível. Em 1812, a França venceu a primeira batalha, a Batalha de Borodin, mas os franceses foram derrotados pelo frio rigoroso do inverno russo, que, associado a uma epidemia de tifo, fez com que Napoleão ordenasse uma retirada desordenada e catastrófica. O exército de 600.000 homens foi reduzido a 40.000. Os russos consideraram que houvera ‘intervenção divina' a favor da Rússia.
        Embora não gostasse desse tipo de encomenda, Tchaikovsky a aceitou e começou a trabalhar em uma obra que celebrasse simultaneamente os 70 anos da vitória russa sobre Napoleão e o aniversário da coroação do Czar, Alexandre I.
PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY



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