Wenderson Rodrigues – Viçosa, 26 de novembro de 2014
A juventude brasileira passou por muitas
mudanças nos últimos anos. Meios de comunicação, como a televisão e a internet,
vêm, cada vez mais, influenciando a conduta de jovens de todo o país. As
informações são repassadas de forma a manipular a população e essa, em boa parte,
não conseguem filtrar o conteúdo. Dessa forma, cabe a todos nós analisarmos as
condições que a população brasileira, em especial, os jovens, vem enfrentando,
no que diz respeito aos desafios entre a alienação e a transformação dos
cidadãos brasileiros.
Programas de televisão como Big Brother Brasil,
A Fazendo e tantos outros que são transmitidos pelas emissoras de televisão
brasileiras, passam, para muitos jovens, um estereótipo de mulheres e homens
corporalmente perfeitos, gerando para os publicitários muito dinheiro, pois
esses utilizam da imagem dos participantes daqueles programas para vender
produtos. Não se pode admitir que a juventude seja usada como massa de manipulação
por esses empresários da televisão brasileira, que visam aumentar cada vez mais
o mercado da moda e controlar, direta ou indiretamente, a conduta da juventude
de nosso país.
Contudo, existem programas educativos que são de
total importância para a formação desses indivíduos. O telecurso, oferecido
pela TV Futura, e canais como a TV Escola e TV Cultura, são fundamentais, pois abordam temas
e propostas que desenvolvem uma visão crítica no telespectador, além de semear
cultura, despertar a curiosidade e aguçar a inteligência.
Outro fator que facilita a absorção de
informações imprecisas é a falta de escolaridade dos receptores dos conteúdos.
O currículo escolar, cada vez mais inchado de conteúdo mas sem nenhum plano
estrutural que vise desenvolver no estudante uma visão crítica, tanto dos
conteúdos acadêmicos quanto dá própria vida é um fator que facilita que os
estudantes sejam facilmente manipulados e alienados pelas grandes empresas,
que, como dito acima, visam lucrar cada vez mais.
Dado o exposto, nota-se que é necessário
desenvolver políticas públicas que visem a conscientização, não só dos jovens,
mas também de todos os cidadãos. Professores podem oferecer palestras nas
escolas e nas comunidades para, assim, alertar a sociedade sobre os conceitos
de alienação. Deve-se também cobrar das emissoras de televisão mais qualidade
em seus programas. Na Internet, pode-se intensificar a cobrança dos provedores,
utilizando, para isso, as bases estabelecidas no Marco Civil da Internet. O
corpo docente, juntamente com o discente, devem continuar exigindo do poder
público qualidade na educação. Assim sendo, os jovens e toda a sociedade terão
menos desafios para enfrentar a alienação e mais oportunidades de
transformação.
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