terça-feira, 30 de dezembro de 2014

PUBLICIDADE INFANTIL EM QUESTÃO NO BRASIL

       
         Desde a chegada das emissoras de rádio no Brasil, no começo do século vinte, até a implantação do sistema de telecomunicação e da internet, no final do século passado, forma muitas as empresas de publicidade que usaram desses meios para apresentar e direcionar seus produtos, e com isso, aumentar seus lucros. Não obstante, essas propagandas foram ficando cada vez mais tendenciosas, principalmente ao público infantil. Sendo assim, é importante fazer uma análise da questão que diz respeito à publicidade infantil no país.
        Diariamente são apresentados nas emissoras de televisão brasileiras, novos modelos de brinquedos, roupas, alimentos e tantos outros utensílios, que são direcionados ao público infantil. Para isso, as impressas de publicidade apresentam estereótipos de garotos e garotas perfeitos (as), que por sua vez, utilizam os produtos destinados a venda. Deve-se exigir dos publicitários mais responsabilidade na forma como esses apresentam seus produtos, pois determinadas propagandas podem afetar diretamente a formação psicologia e até fisiológica do público infantil.
        Todavia, não se pode priva os publicitários de apresentarem seus produtos, pois, com a propaganda, vende-se mais, e com isso são gerados milhares de empregos no país, desde a fabricação até a venda nas lojas. Deve-se cobrar, principalmente, que a propaganda não desrespeite os direitos humanos.
        Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que, a publicidade infantil no Brasil e um mecanismo que move a economia do país, mas necessita de reparos, principalmente no que se refere a forma como é transmitida ao público. O Congresso Nacional juntamente com o Ministério Público pode elaborar normas e leis para orientar e fiscalizar as propagandas infantis. O (Conar) Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária pode ser mais rígido com os publicitários, exigindo mais respeito ao consumidor. E por fim, as escolas, juntamente com os pais, devem orientar as crianças sobre a forma como os produtos podem afetar suas vidas.

                                          Wenderson Rodrigues - Viçosa, 09 de Novembro de 2014

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

ESTUDO SOBRE O ATRITO

ESTUDO SOBRE O ATRITO



Wenderson Rodrigues - Viçosa, 03 de Dezembro de 2014


       O atrito é o resultado da interação por contato de duas superfícies irregulares, quando essas são colocadas para deslizar ou tender a deslizar, uma sobre a outra. Quando se encosta dois ou mais objetos, os átomos que os constituem interagem uns com os outros, exercendo sobre eles uma força de atração ou repulsão. Essa força depende da constituição química dos materiais que constituem o objeto. Por exemplo, quando se coloca em contato um cubo de metal sobre uma mesa de vidro, pode-se observar que ele desliza com mais facilidade do que em uma mesa de concreto. Sabe-se que a superfície rugosa da mesa de concreto é um fator que impede o deslocamento rápido do cubo, mas a interação atômica que existe entre as superfícies dos materiais também influencia no seu deslocamento.
       A força atômica que faz um objeto ser atraído ou repelido por uma superfície de contato, depende da interação entre o núcleo atômico e a eletrosfera do átomo. Se a interação entre os elétrons de um material e o núcleo atômico do outro for mais intensa que a força de repulsão entre elétron/elétron ou próton/próton de ambos os materiais respectivamente, irá haver a atração entre eles, caso contrário, os átomos irão se repelir. Quando há a atração, que na maioria das vezes não ocorre, as superfícies se ligam quimicamente e se fundem, dando origem a um único objeto e, com isso, deixa de existir o atrito. Na maior parte das vezes o que ocorre é a repulsão, cuja resultante cria uma força de contato entre as superfícies, em que a componente perpendicular é a normal e a paralela é o atrito.
       Dizemos que quando superfícies rugosas, como por exemplo, as palmas das mãos, entram em contato e são movimentadas de forma a friccionarem, é produzido o atrito dinâmico ou cinético. Já o simples contado de uma mesa sobre o chão ou qualquer outro objeto que esteja parado em relação a sua superfície de contato, mas submetido a forças externas, tendendo ao movimento, porém ainda em repouso, denominamos atrito estático essa interação. Casso o objeto passe a se mover, o atrito deixa de ser estático e passa a ser dinâmico.
       O atrito dinâmico está presente em várias situações, como o deslizamento entre superfícies em contato, eletrização de objetos, geração de centelhas e incandescência, produção de som em instrumentos de corda, entre outros. Essa interação, que ocorrem entre superfícies em movimento, promovem trocas de energia entre os sistemas, podendo ser transferida da forma mecânica para a forma de som, calor ou eletricidade.
       Ao esfregarmos as mãos com o objetivo de aquece-las, transferimos energia de nossos músculos para promover sua movimentação uma sobre a outra. O aquecimento é gerado quando parte da energia contida no movimento se transforma em energia térmica, devida a interação por contato de ambas as mãos que, ao serem atritadas, se aquecem.


       Algo semelhante, ocorre quando um objeto entra em contado com a atmosfera de um planeta. Quando um meteoro, por exemplo, viaja pelo espaço, ele possui uma grande energia cinética e está praticamente livre de atritos. Ao se aproximar de um planeta que possui atmosfera, se a atração gravitacional for intensa o suficiente para atrai-lo, ele entrará em colisão com os átomos dos gases ou líquidos constituintes daquela camada, o que irá provocar o atrito entre o corpo celeste e a atmosfera local. Essa interação gera uma grande transformação de energia, principalmente energia de movimento em calor. A causa desta transformação é o choque que os objetos sofrem quando em contado com partículas do ar atmosférico, que colidem com os átomos constituintes do material, proporcionando um considerável aumento do grau de agitação de sua rede de átomos, tanto do objeto quanto do ar, fazendo com que o corpo perca velocidade e aumente sua temperatura, que é alta o suficiente para provocar a emissão de fótons e, com isso, torná-lo visível.


       O atrito entre dois objetos de diferente constituição química também ocasiona troca de energia. Se friccionarmos um pedaço de lã em um bastão de plástico, veremos que eles ficam eletrizados, um com falta de elétrons e o outro com excesso. Isso ocorre devido a interação elétrica entre eles que, por serem constituídos de matérias diferentes, quando atritados, podem arrancar cargas elétricas um do outro.
       Ao se esfregar um bastão de plástico ou PVC em um pedaço de lã, nota-se que o primeiro recebe elétrons. Isto ocorre, devido a aplicação de uma força no bastão necessária para movimenta-lo em relação a superfície de contato da lã. Essa força, que transfere a energia proveniente do corpo humano, realiza trabalho, e faz com que a energia química dos músculos seja transformada em energia mecânica nos braços e no bastão, gerando movimento. Logo após, por causa das irregularidades superficiais do bastão e do pano de lã, os átomos destas matérias se chocam entre si, e devido a afinidade eletrônica deles serem diferentes, alguns elétrons saltam dos átomos que constitui o tecido da lã para os átomos do bastão de plástico, tornando-o eletricamente negativo, enquanto o pano de lã fica com falta de elétrons.


       Com os exemplos citados acima, pode ser explicado a transformação de energia para a forma de som. Quase sempre, quando atritamos um material com outro é possível observar que há produção de um som, que é proveniente da colisão de dois materiais. Nessa colisão, os átomos são sujeitados a um impacto, que transfere energia na forma de trabalho para a rede de átomos que constitui o corpo receptor do impacto, ocasionando uma onda de choque, de átomo a átomo, que se propaga ao longo de todo o corpo do objeto na forma de uma onda mecânica. Essa vibração do material é transferida para o ar, que se propaga até chegar aos nossos ouvidos e então ouvimos um som. Vale lembrar que quando uma onda mecânica se propaga em um meio, essa também está sujeita à força de atrito, que é contrária a seu movimento, o que ocasiona transformação da energia da própria onda.


       Outra análise importante que aqui será feita é referente ao atrito estático. Como dito acima, sabe-se que esse só acontece quando há tendência ao movimento relativo entre duas superfícies em contato, porém com repouso mantido. Observe a figura a baixo. 

                                             
       Quando um carro se encontra estacionado em uma ladeira, ele está sujeito a força de atrito estático que o faz permanecer em repouso, mesmo tendendo ao movimento. Essa tendência é causada pela declividade da ladeira que, quanto maior for, maior será o atrito necessário, entre os pneus e o chão, para mantê-lo em repouso. A força que tenta colocar o carro em movimento é a componente tangencial do seu peso, e tem a mesma direção da ladeira. Casso o carro adquira movimento e desça ladeira abaixo, o atrito passa a ser dinâmico. Uma característica importante no atrito estático é a não ocorrência de troca de energia entre os corpos em contato. Há apenas a troca de forças entre os corpos que constituem o sistema, uma que tende a provocar o movimento e outra de sentido oposto, que impede que o corpo adquira movimento e realize trabalho. Portanto, se não há realização de trabalho não há troca de energia.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

JUVENTUDE BRASILEIRA: DESAFIOS ENTRE ALIENAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

Wenderson Rodrigues – Viçosa, 26 de novembro de 2014 

       A juventude brasileira passou por muitas mudanças nos últimos anos. Meios de comunicação, como a televisão e a internet, vêm, cada vez mais, influenciando a conduta de jovens de todo o país. As informações são repassadas de forma a manipular a população e essa, em boa parte, não conseguem filtrar o conteúdo. Dessa forma, cabe a todos nós analisarmos as condições que a população brasileira, em especial, os jovens, vem enfrentando, no que diz respeito aos desafios entre a alienação e a transformação dos cidadãos brasileiros.
       Programas de televisão como Big Brother Brasil, A Fazendo e tantos outros que são transmitidos pelas emissoras de televisão brasileiras, passam, para muitos jovens, um estereótipo de mulheres e homens corporalmente perfeitos, gerando para os publicitários muito dinheiro, pois esses utilizam da imagem dos participantes daqueles programas para vender produtos. Não se pode admitir que a juventude seja usada como massa de manipulação por esses empresários da televisão brasileira, que visam aumentar cada vez mais o mercado da moda e controlar, direta ou indiretamente, a conduta da juventude de nosso país.
       Contudo, existem programas educativos que são de total importância para a formação desses indivíduos. O telecurso, oferecido pela TV Futura, e canais como a TV Escola e TV Cultura, são fundamentais, pois abordam temas e propostas que desenvolvem uma visão crítica no telespectador, além de semear cultura, despertar a curiosidade e aguçar a inteligência.
       Outro fator que facilita a absorção de informações imprecisas é a falta de escolaridade dos receptores dos conteúdos. O currículo escolar, cada vez mais inchado de conteúdo mas sem nenhum plano estrutural que vise desenvolver no estudante uma visão crítica, tanto dos conteúdos acadêmicos quanto dá própria vida é um fator que facilita que os estudantes sejam facilmente manipulados e alienados pelas grandes empresas, que, como dito acima, visam lucrar cada vez mais.
       Dado o exposto, nota-se que é necessário desenvolver políticas públicas que visem a conscientização, não só dos jovens, mas também de todos os cidadãos. Professores podem oferecer palestras nas escolas e nas comunidades para, assim, alertar a sociedade sobre os conceitos de alienação. Deve-se também cobrar das emissoras de televisão mais qualidade em seus programas. Na Internet, pode-se intensificar a cobrança dos provedores, utilizando, para isso, as bases estabelecidas no Marco Civil da Internet. O corpo docente, juntamente com o discente, devem continuar exigindo do poder público qualidade na educação. Assim sendo, os jovens e toda a sociedade terão menos desafios para enfrentar a alienação e mais oportunidades de transformação.


                                           

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