O tráfico de seres humanos envolve a movimentação de pessoas que
são enganadas por propostas fantasiosas de mudança de vida. Sabe-se que a cento
e vinte e seis anos a abolição da escravidão foi decretada, mas, até hoje,
pessoas acabam sendo sujeitas ao trabalho escravo, exploração sexual e outras
formas de abuso. Outros acabam sendo mortos para venda de seus órgãos. Esse
crime, que já não mais deveria existir, é uma atrocidade, logo, deve-se desenvolver
um trabalho de intervenção e divulgação deste ato criminoso, afim de que ele
venha a acabar.
As
regiões periféricas, subúrbios e interiores são as escolhidas pelos
traficantes, pois nelas, esses encontram um maior número de pessoas que vivem à
mercê da miséria, buscando uma vida melhor. Jovens de baixa renda, sem
escolaridade e informação, são as principais vítimas desses criminosos, que
atuam com propostas de trabalho enganosamente promissoras. Muitas vezes a
família, erroneamente, apoia essas iniciativas, pois precisa de ajuda
financeira em casa e, com os filhos “trabalhando”, essa ajuda virá.
Diante do que foi dito, nota-se que, problemas sociais como, falta de
aceso a educação, informação e condições dignas de sobrevivência, são os principais
agravantes. Divulgar este crime, por meio da mídia, em especial nas rádios,
principalmente interioranas, é de elevada importância, para que a sociedade
civil esteja alerta e cobre ações do poder público. Oferecer assistência aos
que já sofreram com o tráfico e colher informações sobre suas origens e
ramificações, ajudará na prevenção e no combate. Além disso, devem ser
realizadas campanhas de conscientização para que as pessoas fiquem cientes que
também podem ser vítimas. E por fim, reforçar a ação penal contra os
traficantes.
Wenderson Rodrigues – Viçosa, 27 de julho de 2014