É notório que na sociedade brasileira crimes
como, furto, assassinato, corrupção, violência, tanto verbal quanto sexual, nas
escolas, nos lares e no trabalho, são frequentes. Muitas vezes, esses crimes
nem mesmo são julgados pelo judiciário, o que causa uma sensação de impunidade
e injustiça nos violados em seus direitos. A crença de que não serão socorridos
pelo Poder Judiciário, leva as pessoas a desacreditarem da justiça, piorando
ainda mais a situação. Isso traz como consequência o aumento de pessoas que
fazem justiça com as próprias mãos. A situação precisa ser analisada na busca
de soluções cabíveis para resolver a questão.
Diariamente é noticiado na mídia casos de
assassinatos em todo território nacional, na maior parte das vezes, por pessoas
que, por algum motivo, foram levadas a fazer “justiça” com as próprias mãos. Em
uma sociedade civilizada, não se pode admitir que se resolva um crime cometendo
outro, pois temos o judiciário para jugar e condenar qualquer pratica criminosa
que fira a constituição. Portanto, é um direito do cidadão brasileiro uma
resposta do sistema jurídico.
Acontecimentos como o da dona de casa Maria
Fabiane de Jesus, que foi assassinada por civis em maio de 2014, o massacre do
Realengo ocorrido no ano de 2011 no Rio de Janeiro e tantos outros que
diariamente se dão em todo o país nos levam a crer que já está ultrapassada a
forma como o poder judiciário os vem tratando.
Dado o exposto, nota-se que há uma grande
descrença da população brasileira nos órgãos competentes que jugam e condenam
atos que ferem nossa constituição, ou seja, muitas pessoas preferem, elas mesmas,
resolverem os problemas. Portanto, para que essa situação venha a curar, é de extrema
importância dar ênfase ao estudo dos temas transversais da educação, como
ética, cidadania, pluralidade cultural, orientação sexual entre outros, pois,
priorizando a educação de qualidade no país, os jovens, à vista dos bons
costumes aprendidos na escola, crescerão em harmonia uns com os outros. O judiciário
pode e deve ser mais rigoroso na aplicação de suas penas, assim as pessoas não
irão ter “motivos” para fazer justiça com as próprias mãos.
Wenderson Rodrigues - Viçosa, 28 de setembro de 2014
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