segunda-feira, 6 de outubro de 2014

JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS, VOLTA A BARBARIE


     É notório que na sociedade brasileira crimes como, furto, assassinato, corrupção, violência, tanto verbal quanto sexual, nas escolas, nos lares e no trabalho, são frequentes. Muitas vezes, esses crimes nem mesmo são julgados pelo judiciário, o que causa uma sensação de impunidade e injustiça nos violados em seus direitos. A crença de que não serão socorridos pelo Poder Judiciário, leva as pessoas a desacreditarem da justiça, piorando ainda mais a situação. Isso traz como consequência o aumento de pessoas que fazem justiça com as próprias mãos. A situação precisa ser analisada na busca de soluções cabíveis para resolver a questão.
     Diariamente é noticiado na mídia casos de assassinatos em todo território nacional, na maior parte das vezes, por pessoas que, por algum motivo, foram levadas a fazer “justiça” com as próprias mãos. Em uma sociedade civilizada, não se pode admitir que se resolva um crime cometendo outro, pois temos o judiciário para jugar e condenar qualquer pratica criminosa que fira a constituição. Portanto, é um direito do cidadão brasileiro uma resposta do sistema jurídico.
     Acontecimentos como o da dona de casa Maria Fabiane de Jesus, que foi assassinada por civis em maio de 2014, o massacre do Realengo ocorrido no ano de 2011 no Rio de Janeiro e tantos outros que diariamente se dão em todo o país nos levam a crer que já está ultrapassada a forma como o poder judiciário os vem tratando.
     Dado o exposto, nota-se que há uma grande descrença da população brasileira nos órgãos competentes que jugam e condenam atos que ferem nossa constituição, ou seja, muitas pessoas preferem, elas mesmas, resolverem os problemas. Portanto, para que essa situação venha a curar, é de extrema importância dar ênfase ao estudo dos temas transversais da educação, como ética, cidadania, pluralidade cultural, orientação sexual entre outros, pois, priorizando a educação de qualidade no país, os jovens, à vista dos bons costumes aprendidos na escola, crescerão em harmonia uns com os outros. O judiciário pode e deve ser mais rigoroso na aplicação de suas penas, assim as pessoas não irão ter “motivos” para fazer justiça com as próprias mãos.

                                       Wenderson Rodrigues - Viçosa, 28 de setembro de 2014

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